A sustentabilidade na moda é compreendida por especialistas como um conceito multidimensional, que se apoia em três pilares interdependentes: o ambiental, o social e o econômico. Essa abordagem é essencial para promover práticas responsáveis e conscientes em toda a cadeia produtiva .
Na Min, acreditamos que a escolha da matéria-prima é um ato consciente e transformador. Optar por fibras naturais e certificadas não apenas garante a qualidade e durabilidade dos produtos, mas também minimiza o impacto ambiental, pois essas fibras são biodegradáveis e se decompõem mais facilmente na natureza .
Certificações que respaldam nossas escolhas:
OEKO-TEX® Standard 100: Garante que os tecidos estão livres de substâncias nocivas à saúde humana .
BCI (Better Cotton Initiative): Promove práticas agrícolas mais sustentáveis e condições de trabalho justas na produção de algodão .
FSC® (Forest Stewardship Council): Certifica que as fibras de celulose, como a viscose, são provenientes de florestas manejadas de forma responsável .
A sustentabilidade social envolve garantir condições de trabalho dignas, salários justos e respeito aos direitos humanos em toda a cadeia produtiva. Na Min, priorizamos parcerias com fornecedores que compartilham desses valores e possuem certificações que atestam práticas éticas e responsáveis .
A sustentabilidade econômica busca equilibrar práticas ambientais e sociais responsáveis com a viabilidade financeira. Investir em materiais de qualidade e processos eficientes resulta em produtos duráveis, reduzindo o consumo excessivo e promovendo um modelo de negócios mais sustentável a longo prazo .
91% dos tecidos utilizados são certificados por órgãos reconhecidos internacionalmente.
89% possuem selo OEKO-TEX® Standard 100, livres de substâncias tóxicas.
35% das fibras de algodão são certificadas pela BCI.
70% dos tecidos são livres de plástico, sem fibras sintéticas na composição.
62% das bases têxteis são compostas por fibras 100% naturais e biodegradáveis.
90% dos aviamentos e embalagens são livres de plástico — incluindo nossas tags com sementes, que brotam hortaliças quando plantadas.
Na Min, acreditamos que sustentabilidade começa perto. Por isso, valorizamos profundamente a produção local e a parceria com quem compartilha nossos valores éticos e culturais.
100% das nossas peças são feitas no Brasil, fortalecendo a indústria nacional e, especialmente, o ecossistema criativo carioca.
79% da produção ocorre em um raio de até 60 km da cidade do Rio de Janeiro, o que reduz significativamente o consumo de combustíveis fósseis e a emissão de gases poluentes no transporte.
Todos os anos, revisitamos pessoalmente nossos parceiros, garantindo não só a qualidade do processo produtivo, mas também o respeito às condições de trabalho e o fortalecimento de laços humanos.
Cada coleção da Min carrega em si uma pausa no tempo: criamos produtos com técnicas manuais que freiam a lógica da produção em massa e resgatam saberes ancestrais.
Desenvolvemos peças e acabamentos feitos totalmente à mão, como tingimentos em batik, crochês em sisal, bordados e acabamentos em linha artesanal.
Já colaboramos com coletivos como a Casa Amarela (Providência), Crochetando Vidas, Copa Roca (Rocinha), entre outros que representam resistência, talento e geração de renda em suas comunidades.
Um material biodegradável é capaz de se decompor naturalmente por ação de microrganismos como bactérias e fungos, reintegrando-se ao meio ambiente sem deixar resíduos tóxicos.
Eles são, em geral, compostos por matérias-primas de origem vegetal, mineral ou animal.
O tempo de biodegradação varia conforme o tipo de material:
Vegetais frescos: 5 a 30 dias
Papel e papelão: 3 a 6 meses
Tecidos de fibras naturais: 3 a 6 meses
Couro e nylon: até 30 anos
PET: mais de 100 anos
Poliéster/Poliamida: entre 60 e 200 anos
Fraldas descartáveis: até 450 anos
Vidro: mais de 4.000 anos
Borracha: tempo indeterminado
Materiais compostáveis são biodegradáveis com suporte humano — ou seja, precisam de condições específicas (como oxigênio, umidade, temperatura e ação de micro-organismos) para se transformar em adubo rico em nutrientes.
A compostagem pode levar de 90 dias a 3 anos, dependendo das condições oferecidas durante o processo.
Ao final, o resíduo se transforma em CO₂, biomassa e húmus, promovendo vida ao solo e fechando um ciclo natural.
Não somos radicais — somos conscientes.
Sabemos que o poliéster possui características úteis: alta durabilidade, retenção de cor, resistência a rugosidades e menor custo. Mas seu impacto ambiental é profundo, desde a produção até o descarte.
O poliéster é derivado do petróleo e libera compostos orgânicos voláteis (VOC) e metais pesados como antimônio durante sua produção.
Seu uso e lavagem frequente geram microplásticos, que contaminam os oceanos e são ingeridos por organismos vivos, afetando a cadeia alimentar — inclusive a humana.
No fim da vida útil, o poliéster leva de 60 a 200 anos para se decompor e raramente é reciclado corretamente.
Ao reduzir o uso de fibras sintéticas e priorizar as fibras naturais, ajudamos a diminuir a emissão de microplásticos e incentivamos práticas regenerativas.